Alexander Zverev — o número 2 do mundo — tem passado por uma espécie de ‘inferno astral’ no último mês.
Depois de perder na final do Australian Open para Jannik Sinner — numa partida pouca disputada e dominada pelo italiano — o alemão performou mal nos três torneios que disputou.
Zverev foi eliminado nas quartas de final do ATP 250 de Buenos Aires, perdendo para Francisco Cerundolo; e, na semana seguinte, caiu também nas quartas de final no Rio Open.
Sua derrota no Rio Open chamou ainda mais a atenção: o número 2 do mundo perdeu para o qualifier argentino Federico Comesana, então número 86 do ranking ATP. No set decisivo, Zverev liderava por 5/1, mas deixou o adversário virar a partida.
Ontem, no ATP 500 de Acapulco, o alemão também performou bem abaixo do esperado, perdendo nas oitavas de final para o americano de 19 anos Learner Tien, número 83 do mundo.
Mas o que está por trás do fraco desempenho de Zverev?
É difícil cravar — mas existem três hipóteses que parecem fazer sentido.
A derrota de Zverev na final do Australian Open provavelmente mexeu com o emocional e a autoestima do tenista. Afinal, Zverev estava confiante de que conseguiria vencer finalmente seu primeiro Grand Slam, mas acabou perdendo em sets diretos para Sinner.
Somado a isso, o alemão pode ter sentido uma certa pressão pelas chances que tinha de se tornar número 1 do mundo.
Com Sinner suspenso do circuito por três meses, as oportunidades se abriram para que Zverev se aproximasse do italiano no ranking ou até o ultrapasse caso tivesse resultados espetaculares.
Jogar sob pressão nunca ajuda, e provavelmente esse fator também pesou.
Por fim, Zverev também pode estar sofrendo do chamado ‘february slump’, uma teoria que algumas pessoas têm de que a motivação e o entusiasmo caem no mês de fevereiro, seja pela ressaca da virada do ano, por ser um mês mais curto ou pelo clima.
Em Acapulco, há ainda uma teoria de que Zverev possa ter sido outra vítima da intoxicação alimentar que fez três top 20 desistirem do torneio.
Seja qual for o motivo, Zverev precisa recarregar as baterias rapidamente e tentar chacoalhar as coisas se quiser ter um bom desempenho em Indian Wells e no Miami Open — os primeiros Masters 1000 do ano.