Casper Ruud tem tido uma temporada com altos e baixos. Ao mesmo tempo em que o número 12 do mundo conquistou o maior título de sua carreira, no Masters de Madrid, ele foi eliminado nas primeiras rodadas de alguns torneios importantes — uma falta de consistência que não é comum para o norueguês.
Numa entrevista ao site Bolavip, o tenista falou sobre sua temporada, o calendário ATP, e sobre seus objetivos para os próximos meses.
“Ter um evento obrigatório como Paris tão tarde faz com que a temporada seja muito, muito longa. É igual para todos, mas, a partir de agora, vou organizar meu calendário de forma um pouco diferente, talvez pulando alguns torneios,” disse Ruud.
“Tive três ou quatro anos sem freio desde que alcancei o top 10. Joguei muitos torneios, algumas exibições na pré-temporada, e são decisões que tomei que, em retrospectiva, acho que não deveria ter tomado. Pensando no futuro, é algo que levo muito em conta.”
Sobre o calendário, Ruud comentou também a declaração de Novak Djokovic, que pediu mais união entre os jogadores para gerar uma mudança real.
“O que Novak disse faz todo o sentido. Ele tem mais experiência do que qualquer outro jogador. O que eu falei em Roland Garros foi que existe um incentivo econômico para jogar e não pular os Masters 1000, por causa dos bônus e tudo isso. Se você está no top 15 e tem muitas despesas, não quer deixar passar nenhuma oportunidade de ganhar dinheiro. Sei que, se você não estiver saudável, ninguém vai te mandar para a cadeia por pular um Masters 1000, mas esse incentivo econômico está ali, e para alguns isso importa mais do que para outros. De qualquer forma, a temporada é muito longa.”
O norueguês fez ainda um balanço de sua temporada, dizendo que foi um ano de “altos e baixos.”
“É a primeira vez que fiquei várias semanas fora por um problema físico — neste caso, no joelho. Foi uma temporada memorável pelo título em Madrid, mas não posso sentar aqui e dizer que estou satisfeito, falando de forma geral. Houve derrotas demais nas fases iniciais dos torneios. Ainda assim, foi memorável porque conquistei o título mais importante da minha carreira e joguei em altíssimo nível naquele momento.”
Para este ano, Ruud disse que ainda tem um objetivo: se classificar para o ATP Finals. Hoje, ele está na posição 11 do ranking do ano, e apenas os 8 primeiros se classificam.
“Vou tentar jogar muito bem nessas três semanas, e veremos o que acontece. A temporada ainda não acabou. Se você termina em 11º ou em 15º… qual é a diferença? Nenhuma, na minha opinião. Então, neste ponto, é tudo ou nada. Vou tentar usar isso como motivação e dar um último empurrão.”