Os tenistas são os atletas de grandes esportes que recebem a menor porcentagem da receita gerada, ficando (muito) atrás dos jogadores de basquete, baseball e de futebol americano.
No tênis, a porcentagem da receita gerada nos torneios que vai para os atletas é de apenas 17,5% — um valor bem inferior ao de outros esportes.
Para se ter uma ideia, na Premier League (futebol), essa fatia é de 62%; na NBA (basquete) e na NHL (hockey), ela é de 50%; na NFL (futebol americano), de 48%; e na Major League Baseball, de 40%. No golfe, a fatia é mais próxima do tênis, mas ainda é maior, de 22,5%.

Essa disparidade na distribuição da receita tem levado a importantes discussões dentro da comunidade do tênis. Novak Djokovic, um forte defensor dos direitos dos jogadores, co-fundou a Associação Profissional de Jogadores de Tênis (PTPA) para abordar, entre outras questões, este tema.
A PTPA argumenta que o sistema atual não compensa os jogadores de forma justa em relação à renda que o esporte gera. Ela defende ainda que o modelo de distribuição para os jogadores de tênis precisa ser mais equitativo e refletir o papel central que os atletas têm no sucesso e na receita do esporte.
No modelo atual, diz a associação, os jogadores ganham uma parte menor, apesar de serem responsáveis por gerar grande parte do apelo global do esporte.