Assistir a final de Wimbledon na quadra central do All England Club pode ser o sonho de muita gente — mas a realidade é que esse privilégio é reservado para poucos.
Os preços dos ingressos já são caros na venda normal — que esgota mais rápido do que os forehands de João Fonseca.
No mercado secundário, os ingressos se tornam verdadeiros artigos de luxo — ainda mais quando a final é entre tenistas do calibre de Jannik Sinner e Carlos Alcaraz.
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Mas vamos aos preços.
Na venda normal, que acontece meses antes do torneio e num formato de sorteio, os ingressos para a final custam a partir de £315, no pior lugar do estádio.
No câmbio atual, isso daria algo em torno de R$ 2.300 — caro, mas um preço ainda factível dependendo da sua condição de vida e disposição a gastar com tênis.
Já no mercado secundário, a conversa é outra.
Em plataformas como a Viagogo, os ingressos para a final masculina de Wimbledon — disputada no domingo — estão sendo vendidos por não menos de R$ 140 mil, com alguns assentos chegando a mais de R$ 200 mil.
E isso, sem contar o custo das passagens aéreas e da estadia.
As debêntures de Wimbledon
Outro detalhe curioso é que os únicos ingressos de Wimbledon que podem ser legalmente revendidos são os chamados “assentos debêntures”.
A organização do torneio vende periodicamente debêntures que dão direito a seu detentor a assentos bem localizados na quadra central e na quadra 1 pelo período de cinco anos — além de acesso a restaurantes e bares exclusivos, dentre outros benefícios.
Com o dinheiro arrecadado com a venda dessas debêntures, a organização promove melhorias e expansões no complexo.
Pelas regras de Wimbledon, os ingressos adquiridos na venda normal não podem ser revendidos — apenas os assentos que vem dessas debêntures.
Isso faz com que as debêntures se transformem numa espécie de investimento, com algumas pessoas comprando elas para ganhar com a venda dos ingressos.