Uma tenista romena de 18 anos acusou a academia de tênis de Patrick Mouratoglou — o ex-treinador de Serena Williams — de incentivar o uso de “substâncias estranhas” entre os juvenis.
Maria Sara Popa — a atual 448ª do ranking da WTA — treinou na academia quando tinha 12 anos.
Numa entrevista ao site romeno AS, ela disse que, “desde cedo, os atletas recebem algumas substâncias.”
“No juvenil não há tanto controle antidoping. Ele permite que você cresça um pouco, faça 17 anos e a partir daí os controles começam mais intensamente,” disse ela.
Sara Popa disse ainda que que os jovens tenistas que treinam na academia e seus pais são induzidos a assumirem responsabilidade pelo consumo destas substâncias.
“Jogadores e pais precisam concordar. Eles recebem uma folha de papel e têm que assinar para concordar em tomar essa substância. Aquela foi primeira vez que fiquei com medo, eu realmente não sabia o que estava acontecendo.”
As declarações de Sara Popa vem depois de sua compatriota Simona Halep — que na época treinava na academia Patrick Mouratoglou há quatro meses — ter testado positivo para a Roxadustat durante o US Open de 2022.
Halep foi punida com uma suspensão de quatro anos do esporte profissional.
Depois da punição, Mouratoglou e sua equipe admitiram que receitaram a ela um “suplemento”, mas que a substância não era ilegal.
A alegação da academia e de Halep é que houve contaminação cruzada nesse suplemento.
A academia Patrick Mouatoglou é uma das mais famosas do mundo. Fazem parte de sua equipe hoje a americana Coco Gauff, o grego Stefanos Tsitsipas, o australiano Alexei Popyrin e as tchecas Linda e Brenda Fuhvirtova.
A brasileira Victoria Barros, de 14 anos, também treina na academia desde dezembro de 2022.
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