Depois de derrotar Cameron Norrie na terceira rodada do US Open — numa partida em que sentiu mais uma vez as costas —, Novak Djokovic falou sobre suas dificuldades físicas, a idade e a aposentadoria.
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Aos 38 anos, o sérvio venceu o britânico por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 6/7 (4), 6/2 e 6/3.
Nas oitavas, ele vai enfrentar o alemão Jan-Lennard Struff, que tem feito uma boa campanha no torneio. Struff derrotou Holger Rune na segunda rodada e Frances Tiafoe na terceira.
“Estou apenas tentando dar o meu melhor e gerenciar os dias em que não tenho jogo. Provavelmente, amanhã vou pular o treino e me concentrar apenas na recuperação, porque acredito que isso é o mais importante para mim e para a minha equipe neste momento,” disse Djokovic.
“Estou sentindo bem a bola. Posso jogar melhor? Sim, sempre. Mas estou contente com as horas que passei em quadra disputando partidas nas três primeiras rodadas. Então acho que se trata mais de cuidar do corpo e colocá-lo na melhor forma possível para o próximo jogo.”
Na entrevista, Djokovic disse ainda que acha que não pode fazer mais do que já está fazendo agora.
“Se o corpo não me responde quando chego às fases finais dos torneios de Grand Slam, como aconteceu nos últimos torneios, é difícil de aceitar, porque sei a quantidade de horas que dedico todos os dias a cuidar do meu corpo,” disse ele.
“Mas, ao mesmo tempo, a idade biológica não é algo que se possa reverter, é o que é. O desgaste físico de todos esses anos está cobrando seu preço, e tenho consciência disso, mas resisto. Estou tentando dar o meu melhor para continuar competindo com os jovens no mais alto nível.”
O sérvio também reiterou que não pensa em se aposentar no curto prazo — e que ainda sonha em ganhar mais um Grand Slam.
“Acho que fui bastante sincero na coletiva de imprensa após as semifinais de Wimbledon, dei algumas pistas sobre o que passa pela minha cabeça. Quero dizer que, claro, agora me faço mais perguntas do que nunca sobre quanto tempo quero continuar neste nível e como quero organizar meu calendário para prolongar minha carreira, porque realmente quero continuar jogando. Continuo aproveitando a competição, posso ser muito exigente comigo mesmo e com a minha equipe, eu sei, mas ainda sinto que tenho tênis para jogar no mais alto nível.”
“Como já disse várias vezes, enquanto continuar sentindo que esse nível ainda está vivo, ainda está presente, sinto que quero seguir em frente. Quero continuar me esforçando para ver se posso ter outra oportunidade em um Grand Slam ou em qualquer torneio importante. E também aproveitar o apoio e o carinho que recebi nos últimos anos, que têm sido incríveis em todos os lugares por onde passei, e realmente gosto dessa sensação. Existem outras razões e motivações pelas quais continuo jogando. Mas sim, também existe um debate interno dentro de mim, embora eu tente concentrar meus pensamentos e minha atenção neste momento presente, no que precisa ser feito.”










