Billie Jean King — que entrou para a história ao derrotar Bobby Riggs em setembro de 1973, na primeira ‘Batalha dos Sexos’ — criticou a partida que Aryna Sabalenka fará com Nick Kyrgios agora em dezembro, e que tem sido vendida como uma releitura do clássico confronto.
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Para a americana, hoje com 82 anos, as duas partidas têm contextos e objetivos muito diferentes.
“A única semelhança é que um é um homem e a outra é uma mulher. Só isso. Todo o resto, não. A nossa partida foi sobre mudança social; culturalmente, sobre onde estávamos em 1973. Esta não é,” disse Billie Jean à BBC Sport.
“Espero que seja uma grande partida. Quero que a Sabalenka ganhe, obviamente. Mas simplesmente não é a mesma coisa.”
Em 1973, Billie Jean derrotou Riggs por 6/4, 6/3 e 6/3, levando um prêmio de US$ 100 mil para casa. A estimativa é que mais de 90 milhões de pessoas de todo o mundo acompanharam a partida, que foi um marco histórico na luta pelos direitos das mulheres e pela igualdade no esporte.
A partida foi disputada no mesmo ano em que Billie Jean fundou a Associação de Tênis Feminino (WTA) e três anos depois de um grupo de jogadoras, ‘As Nove Originais’, romper com a estrutura do esporte.
Naquela época também ocorreu a promulgação da Lei do Título IX nos EUA, que proibia a discriminação com base no sexo em qualquer escola ou programa educacional e garantia igualdade de benefícios, oportunidades e tratamento para equipes esportivas masculinas e femininas.
“A minha foi realmente política. Foi difícil, culturalmente falando, com tudo o que estava sendo discutido,” disse ela. “Eu sabia que precisava derrotá-lo para promover mudanças na sociedade. Eu tinha muitos motivos para vencer.”










