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Nas semis do Rio Open, um ATP 500 com cara de Challenger 

As semifinais do Rio Open começam hoje, e mais uma vez a fase decisiva do torneio está com mais cara de um Challenger forte do que de um ATP 500 — o que deveria levar a organização do torneio a uma séria reflexão sobre o futuro da competição.

O Rio Open parece cada vez mais ter dificuldade de atrair grandes nomes. E quando atrai (pagando cachês gordos), o interesse em jogar parece pequeno — vide a desistência de Holger Rune, sem grandes explicações, e de Lorenzo Musetti, que de fato sofreu uma lesão.

Mesmo as estrelas que acabam jogando demonstram pouco ânimo nas partidas, jogando muito abaixo do que costumam performar em torneios deste tipo. 

Basta ver a campanha de Alexander Zverev este ano. 

O número 2 do mundo e vice-campeão de Roland Garros jogou mal o torneio inteiro e acabou caindo precocemente para o número 86 do mundo. No ano passado, Carlos Alcaraz entrou em quadra para jogar apenas um game, desistir depois de uma torção no pé — e nunca mais voltar.

Os problemas do Rio Open já são velhos conhecidos de todos.

O torneio é disputado no piso de saibro num momento da temporada em que todos os jogadores estão no meio da gira de piso duro — que começa com o Australian Open e segue com o Indian Wells e o Miami Open.

A solução também é conhecida: mudar o piso do torneio, ou tentar alterar a data da competição para encaixar o Rio Open na gira de saibro.

Essas mudanças aparentemente simples já ajudariam a atrair mais tenistas do topo do ranking, deixando o torneio mais competitivo e fazendo jus a relevância que ele tem.

É óbvio que isso não depende só do Rio Open e passa por uma negociação — que certamente não é fácil — com a diretoria da ATP. 

Mas dado o rumo que o torneio vem tomando nos últimos anos, a organização deveria dar ao tema o senso de urgência que ele merece — colocando mais pressão na ATP e buscando uma alternativa o quanto antes. 

Caso contrário, o Rio Open corre o risco de se tornar um torneio secundário no circuito — entrando numa espiral negativa que será difícil de reverter.

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